Com a pandemia de coronavírus, os termos biossegurança e biosseguridade começaram a ser mais utilizados e aplicados em diversas situações. Contudo, ao contrário do que muitas pessoas acreditam e da confusão feita entre as duas áreas de conhecimento, elas atuam em contextos e de formas distintas, mesmo que possuam objetivos similares.
Além disso, não se tratam apenas de cuidados simples como os de prevenção ao Covid-19, mas sim de normas e procedimentos da área da saúde, ciências e segurança do trabalho.
Biosseguridade e biossegurança
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a biossegurança é toda a “condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente.”
Já a biosseguridade possui três definições possíveis, definidas aqui segundo o cientista e bioquímico Hernan Chaimovich: 1) uma forma de aumentar medidas nacionais contra armas biológicas; 2) uma forma de aumentar e fortalecer os esforços nacionais e internacionais para investigar se há, ou não, alguma doença que possa alterar o sistema social; e 3) uma medida para aumentar a capacidade internacional de responder, investigar e mitigar os efeitos do uso terrorista de toxinas e armas biológicas.
No Brasil, a biosseguridade foca na segunda definição, que também é muito relacionada às normas e procedimentos de segurança da saúde animal, evitando assim problemas de saúde pública. Enquanto isso, a biossegurança relaciona-se com as normas e procedimentos especificamente para a saúde humana.
Os setores que a biossegurança e biosseguridade impactam
A biossegurança é aplicada em unidades de saúde através de normas e procedimentos de arquitetura, dispositivos e materiais, gerenciamento, preparação na coleta e transporte de resíduos, modelos de formulários e segurança alimentar e segurança profissional nas atividades exercidas por cirurgiões; em laboratórios, através de normas e procedimentos de diagnóstico e pesquisa, primeiros-socorros e segurança, parasitologia, trabalho com HIV e modelo de manuais; na manipulação de animais através de normas e procedimentos para animais de laboratórios e animais modificados geneticamente; em radiações através de normas e procedimentos de física nuclear, medicina, blindagem e radioproteção; e, por último, em infecções virais e vacinas através de normas e procedimentos na abordagem de tratamentos de infecções virais como HIV e HTLV, procedimentos de registro e possibilidades de imunoprofilaxia / vacinoterapia e no diagnóstico e tratamento de infecções virais como viroses hepatotrópicas / hepatites.
Já a biosseguridade no Brasil é aplicada na produção de animais, principalmente na indústria avícola e suinícola, através de normas e procedimentos técnicos sanitários, de arquitetura, controle de enfermidades, programas de imunoprofilaxia, controle de localização, visitas e vestimentas, períodos de quarentena de animais, controle de pestes, qualidade da alimentação e água e descarte de resíduos e animais mortos. Ao contrário da biossegurança, as normas e procedimentos da biosseguridade são mais adaptáveis e flexíveis em cada caso.
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Fontes:
Biosseguridade – Hernan Chaimovich
Biossegurança, o que é? – Portal Fiocruz
Manual de Biossegurança – Fiocruz
Biosseguridade – Ourofino Saúde
Esta postagem foi feita em fevereiro de 2020 e pode conter dados desatualizados.
O coronavírus trata-se de uma família de vírus que ataca o sistema respiratório de seres humanos e animais, conhecido desde os anos 60.
Contudo, o novo coronavírus (nCoV-2019) foi descoberto no fim de 2019, infectando milhares de pessoas.
Qual a origem do vírus?
Os primeiros relatos aconteceram na cidade de Wuhan, China, em 31 de dezembro de 2019. Segundo informações divulgadas pela TV chinesa, são 24.363 mil casos confirmados e 491 mortes no país chinês (dados até 05 de fevereiro).
Em 24 países, são mais de 182 infectados e uma morte confirmada, nas Filipinas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), dados divulgados no dia 03 de fevereiro, segunda-feira.
No Brasil, 13 casos são investigados e 16 foram descartados, mas nenhum confirmado até esta manhã de quarta-feira (05/02). Os casos investigados estão nos estados do Rio grande do Sul (4), Santa Catarina (2), São Paulo (6), Rio de Janeiro (1). Mesmo sem casos confirmados, o governo brasileiro declarou emergência e enviou ao Congresso projeto de lei para regras de quarentena para brasileiros que voltarem da China.
Como ocorre a contaminação?
A transmissão pode acontecer pelo ar, tosses ou espirros, objetos ou superfícies contaminadas. Transmissão através do contato pessoal, pode ocorrer com pessoas que estiveram diretamente com contaminados, como profissionais da área de saúde e familiares que cuidaram dos doentes.
O vírus pode ficar incubado de 2 a 14 dias, período no qual aparecem os primeiros sintomas.
Sintomas
Os sintomas apresentados podem parecer com um resfriado, como febre, tosse, problemas respiratórios ou, em casos mais graves, como pneumonia, infecções nas vias aéreas e insuficiências respiratórias agudas.
Prevenção
Cuidados básicos como:
- Higienizar sempre as mãos;
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal;
- Fazer o uso de lenços descartáveis;
- Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas da doença.
Essas medidas também ajudam a evitar a propagação de outras patologias.
Fontes:
Países com casos confirmados segundo a OMS (03/02/2020): http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/
Ministério da Saúde https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus
http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/
Plataforma IVIS – Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-respiratoria/coronavirus.html